EIKO
HIROKI

biografia

 







     EIKO HIROKI, filha de YUZO HIROKI e KIKUI WAKITA, neta de HYAKUTARO HIROKI, nascida em 23/08/1935 na cidade de Lins no estado de São Paulo, portanto, brasileira, com relato de também ter sido registrada no Japão.

     A história da imigração dos japoneses para o Brasil começa no início do século XX decorrente da propaganda do governo brasileiro que anunciava que o café estava com grandes safras e que havia então, a necessidade de mais gente para dar conta da riqueza produzida por este ouro verde.

     Assim, chegou o primeiro  navio de imigrantes do Japão, o Kasato Maru, que aportou em Santos, no estado de São Paulo em 1908.

     Interessantes foram os registros dos Jornais de Santos que descreviam que os japoneses eram surpreendentemente limpos e organizados, diferentemente dos outros imigrantes que naquela época também chegavam.
 
    Os emigrantes unidos por suas nacionalidades organizaram sistemas de auto ajuda e os japoneses constituíram cooperativas para o uso comum das fazendas, onde se enriqueceram, mas não com o café e sim com a produção e venda dos produtos hortifrutigranjeiros, escassos à época.

     O primeiro da FAMILIA HIROKI a chegar ao Brasil foi HYAKUTARO HIROKI que saiu de Fukuoka, província do Japão, em 28/08/1913 e chegou em Santos em 24/10/1913 no navio Teikoku-Maru e se instalou na Fazenda Palmital em Lins no estado de São Paulo.

    Seu filho YUZO HIROKI saíu de Fukuoka, 12 anos depois, em 30/06/1925 e chegou no Porto de Santos em 31/08/1925 no navio Kawachi-Maru, segundo consta no site do Museu Histório de Imigração Japonesa no Brasil.

     YUZO HIROKI, solteiro, segundo os depoimentos da família, casou-se por fotografia com KIKUE WAKITA, que ainda estava no Japão, vindo, logo a seguir, ao Brasil.

     KIKUE por ser menor de idade, para embarcar precisou ser adotada por um casal japonês e por isso mudar de nome, pois sua menoridade não a permitia viajar sozinha.

     Juntos, YUZO HIROKI e KIKUE HIROKI por volta de 1938 estavam instalados na Vila Campante, na cidade de Quintana, estado de São Paulo.

    No decorrer da vida tiveram seis filhos, a saber: MICHIE HIROKI, TADATOSHI HIROKI, EIKO HIROKI, HIDESHI HIROKI, TOSHIARU HIROKI e JUNDI HIROKI.

     EIKO nasceu em 23 de agosto de 1935, quando YUZO e família morava na Fazenda Palmital em Lins.

     Alguns anos depois YUZO e família mudaram-se para Alto Paraná, estado da Paraná, onde além de terras abriram um posto de gasolina Shell na estrada que dava entrada àquela cidade onde são considerados pioneiros daquela região.

     EIKO, em Alto Paraná, se dedica aos estudos, as artes e ao trabalho, ajudando a família naquela terra ainda em desbravamento.

     Estudou piano a ponto de fazer recitais e na mesma época também dirigia o caminhão do posto de gasolina para levar os irmãos à escola. 

     Em 1946, portanto com 11 anos de idade, formou-se no primário.

     Em1952, com 17 anos, frequentava o Cai-Can, clube japonês, na cidade de Lins 

     Em 1954, aos 19 anos, graduou-se mestre em desenho pela Escola Técnica Fernando Costa de Lins.

     Em 1955, aos 20 anos, ingressou por concurso na Secretaria de Educação do Paraná tornando-se professora de crianças e adolescentes.

     Em 1958, aos 23 anos, assumiu a função de diretora da Escola Rainha da Paz de Alto Paraná.

     Em 1960, aos 25 anos, foi aprovada em concurso público para o magistério de segundo grau na disciplina de desenho geométrico, canto orfeônico, história geral e matemática e assumiu aulas no Colégio Estadual Doutor José Vaz de Carvalho, de Paranavai, estado do Paraná, quando conheceu seu futuro marido, que também dava aulas no mesmo colégio.

     No ano seguinte, em 1961, aos 26 anos, casou-se com IZIDORO FLUMIGNAN, advogado e mudaram-se para Curitiba, capital do Paraná, onde o marido foi trabalhar como Chefe do Tráfego Postal dos Correios de Curitiba e depois na Justiça Federal daquele estado.

   EIKO, aos 27 anos de idade, teve seu primeiro filho em 23 de setembro de 1962, batizado com o mesmo nome do pai, Izidoro, apelidado de JÚNIOR, que alguns anos mais tarde foi acometido de bronquite alérgica crônica.

    Por volta de 1963 o marido IZIDORO FLUMIGNAN apresentou subitamente o diabetes tipo 1 no adulto, trazendo grande preocupação à EIKO.

     Em 02 de junho de 1965, com 29 anos, nasce em Curitiba, a filha Viviane.

     Com a deteriorização da bronquite de Júnior o casal decidiu mudar para o interior do Paraná, uma região mais quente que a capital.

     IZIDORO FLUMIGNAN, por volta de 1967, imbuído com essa intenção, foi aprovado no  Ministério Público do Paraná na carreira de Promotor de Justiça.

    Por este motivo morou em diversas cidades do interior do estado, entre elas Sertanópolis, Cambará, Jacarezinho, Campo Mourão e Londrina, aposentando-se no final da carreira em Curitiba na condição de Procurador de Justiça.

    Em 1968, quando EIKO tinha 33 anos, a família mudou-se para Sertanópolis, estado do Paraná onde, além de exercer o magistério público no Colégio Estadual São Tomás de Aquino, assumiu diversas funções de liderança na vida social daquela cidade.

     De 1969 a 1973, EIKO exerceu a presidência da APAE - Associação de Pais dos Alunos Excepcionais da cidade de Sertanópolis, cujo mandato construiu um grande Pavilhão das Oficinas Protegidas para ensinar uma atividade profissional para crianças especiais.

     Em 22/01/1971, quando tinha 36 anos, nasceu a última filha, VANESSA DE HIROKI FLUMIGNAN, na cidade de Maringá, no estado do Paraná.

      Em 1972 acumulou a Diretoria do Departamento de Planejamento Familiar da BEMFAM - Sociedade Civil de Bem Estar Familiar do Brasil, integrada no Servico de Obras Sociais, de Sertanópolis e neste mesmo ano também foi madrinha da corporação Guarda Mirim exercendo a função até 1974.

     Em 1976 a família de EIKO mudou-se para Campo Mourão, no estado do Paraná e de 1978 a 1980 foi Diretora do Colégio Estadual Professor João de Oliveira Gomes e do Complexo Escolar Horácio Amaral daquela cidade.

    Neste mesmo ano de 1976 associou-se ao Lions Clubes Internacional de Campo Mourão, sendo que posteriomente transferiu-se para o Lions Clube de Londrina Igapó e depois para o Lions Clube Londrina Centro e atualmente, 2023, é associada do Lions Clube do Rio de Janeiro - Mater do Brasil.

     Em 1981, quando tinha 46 anos, seu marido foi promovido para a promotoria da comarca de Londrina, estado do Paraná.

     De 1981 a 1989 exerceu o Magistério do Ensino Médio no Colégio Estadual Evaristo de Veiga de Londrina, onde também foi orientadora da Cooperativa Escolar, bibliotecária e auxiliar de administração, e por fim aposentou-se, aos 55 anos de idade, por tempo de serviço.

     Em 1992, aos 57 anos, forma-se bacharel em direito pela Faculdade Estadual de Londrina.

    Entre 1994 e 1995 foi presidente da Associação da Damas de Caridade de Londrina.

    Entre 1997 e 2000 foi vice-presidente da Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica, da seção de Londrina.

     Em 1998, aos 63 anos, recebeu o Prêmio Destaque Mulher pelo Centro Cultural Marinósio Filho - entidade filantrópica de Londrina cuja homenagem é concedida a mulheres  dedicadas ao desenvolvimento daquela cidade.

     Como mostra sua biografia, EIKO além de esposa, mãe e professora, foi participativa nas atividades voluntárias sociais para o atendimento de crianças especiais, pessoas necessitadas e para o desenvolvimento das muitas cidades onde morou.

    Apesar de tantos afazeres sempre  conseguiu encontrar tempo para  expressão de sua arte e beleza.

     Seu talento artístico sempre esteve presente em sua vida cujas produções, assinadas como EIFLU - união de EIKO com FLUMIGNAN - se destacam pelos detalhes firmes e coloridos, em vários materiais incluindo tinta sobre telas, veludos, espelhos, metais, vasos e ikebanas.

     Em todos os estilos trabalhados por EIKO a essência sempre foi a mesma, a de expressar o belo no contexto da harmonia, do equilibrio e da serenidade da existência humana como parte de si própria integrada a um estado maior dentro do cotidiano.

    Foi esposa diuturnamente cuidosa e alerta sendo que por inúmeras vezes o socorreu das severas hipoglicemias que o tratamento do diabetes lhe causava.

    Foi mãe protetora, educadora, amorosa, alegre, disciplinada, com temperamento firme que nunca aceitou o meio termo; ou a coisa era certa ou errada, nunca mais ou menos.
    
    EIKO é maior que qualquer definição que possa expressa-la.

    Uma brasileira com educação familiar japonesa, viveu sua juventude e maturidade intensamente sem disperdiçar qualquer oportunidade para fazer um pouco mais.

     Agora, na melhor idade, segue fazendo sua vida um estado de arte voltada para o aprimoramento constante.

    EIKO, você é um facho de luz que aponta o caminho da perfeição.

     Por isso, hoje, 23/08/2023, nas comemorações de suas 88 primaveras, atualizamos sua página biográfica.

     Que a vida seja longa e continue feliz para a EIKO !

Tigre de Eiflu


Considerada a obra prima de EIKO HIROKI, quadro pintado em veludo, com 80 x 45 cm, foi denominado

"O TIGRE DE EIFLU"
- A glória após o apogeu"
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encontra-se em exposição permanente no Instituto Flumignano de Medicina do Rio de Janeiro. 




   


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