Laços históricos ligam Roma Antiga, os Flaminínus e a Cidade de Flumignano que por sua vez é a origem da Família dos Flumignanos, por isto, essa conexão cultural é aqui inaltecida,  

Em Roma, vê-se outra obra que marcou o nome do conquistador GAIUS FLAMINIUS, o CIRCUS FLAMINIUS, ou Circo Flaminiano, como o denomina LEON HOMO, em sua “Nueva Historia de Roma”. Como o próprio nome indica, local destinado a jogos públicos.

O Circus Flaminius foi construído em 221 a.C. por Caio Flamínio Nepos, um político romano notável por sua postura reformista e popular. Também responsável pela construção da Via Flamínia, estrada que conectava Roma ao norte da Itália, Flamínio foi um defensor da plebe e buscou, por meio de obras públicas, democratizar o espaço urbano romano.

O Circus Flaminius, situado no Campo de Marte, foi um reflexo direto dessa visão. Embora chamado de "circo", não se destinava a corridas de bigas como o Circo Máximo. Era, na verdade, um espaço público multiuso, onde se realizavam festivais religiosos, feiras, jogos, reuniões cívicas e cerimônias militares.

O local se tornou sede dos Ludi Plebeii, festas tradicionais da plebe em honra a Júpiter, permitindo que a população comum participasse de rituais que antes estavam reservados à elite senatorial. Ao seu redor surgiram importantes templos, como os de Apolo Sosiano, Juno Regina, Neptuno e Hércules, transformando a região em um dos centros religiosos e sociais mais vivos da cidade.

Além disso, por estar fora dos limites sagrados da cidade (o pomerium), o circo servia como ponto de parada para generais vitoriosos que aguardavam a permissão do Senado para celebrar seus triunfos, tornando-se um cenário recorrente de glória militar.

Durante o Império, especialmente sob Augusto, a região foi remodelada e monumentalizada com obras como o Teatro de Marcelo, mas o nome "Circus Flaminius" continuou a designar a área, preservando a memória da obra e de seu criador. Com o passar dos séculos, a estrutura desapareceu fisicamente, mas o legado urbanístico e político de Flamínio permaneceu. Ele morreu em batalha contra Aníbal, na célebre Batalha do Lago Trasimeno, em 217 a.C., sendo lembrado tanto por sua bravura quanto por sua visão cívica.

O Circus Flaminius não sobreviveu em pedra, mas sobrevive como símbolo de uma Roma mais acessível e igualitária. Ao construir esse espaço, Caio Flamínio Nepos abriu caminhos — não apenas de pedra, mas de cidadania e participação popular — numa sociedade ainda marcada por profundas divisões sociais.

A expressão "não sobreviveu em pedra" é uma forma poética de dizer que nenhuma parte física ou visível da construção original do Circus Flaminius permanece de pé nos dias atuais, pois não há ruínas identificáveis do circo que possamos visitar hoje em Roma. As pedras e estruturas que o compunham foram destruídas, enterradas ou reaproveitadas em construções posteriores, especialmente na Idade Média e na era moderna. A única coisa que "sobrevive" é a memória histórica — em textos antigos, mapas e nomes de lugares.