Pesquisa revela que Família Flumignan teve origem em Roma A.C.

Família Flumignan resgata séculos de história e honra suas raízes com pesquisa genealógica internacional.

A luceliense Adélia Flumignan, casada com o senhor Lauri Marins, compartilha com orgulho a árvore genealógica de sua família — uma verdadeira viagem no tempo que reconstrói origens milenares e traça os caminhos percorridos por seus antepassados até chegarem ao Brasil.

A pesquisa, conduzida com rigor histórico e científico, foi realizada ao longo de três décadas pelo promotor aposentado Dr. Izidoro Flumignan, radicado em Londrina (PR).

O estudo revela que os primeiros registros da linhagem remontam à região norte da Itália, mais precisamente à histórica localidade de Flumignano, próxima à cidade de Údine, sendo que o local preserva até hoje o nome de seu antigo possuidor romano: Gaius Flaminius*, general e cônsul romano que teve papel destacado na expansão do Império no século III a.C.

Flaminius foi tribuno da plebe em 232 a.C. e cônsul em 223 a.C., sendo responsável por importantes conquistas, como a da região da Histria — rebatizada em sua homenagem como Flaminia — e por obras públicas em Roma, como o famoso Circus Flaminius.

Seu filho, Gaius Flaminius Nepos, também teve destaque como questor de Scipio Africanus, participando da fundação da cidade de Aquileia.

Os registros genealógicos avançam através dos séculos e apontam que a família Flumignan deixou a Itália rumo ao Brasil em busca de melhores condições de vida, como tantos outros imigrantes europeus.

Em 1897, Antonio Flumignan, natural de Rivolto (distrito de Codroipo), embarcou com sua esposa Santa Pestrin no navio Vapor Manilla, que partiu do porto de Gênova com destino ao Brasil. Desembarcaram no porto de Santos (SP) e seguiram para o interior paulista, fixando-se em Cravinhos.

Antonio teve nove filhos, e ao falecer, deixou um impressionante legado de 77 netos e 168 bisnetos. A família se expandiu rapidamente e, hoje, conta com membros espalhados por diversas cidades brasileiras, como Martinópolis, Presidente Prudente, Marília e Lucélia, além de descendentes na Argentina, Estados Unidos e Canadá.

A árvore genealógica também destaca membros de destaque da família, como Irmã Aparecida Flumignan, religiosa beneditina em Presidente Prudente e o sacerdotes Pe. Antonio Flumignan, atuante na Diocese de Marília.

A dedicação do Dr. Izidoro Flumignan à pesquisa resultou na publicação de um livro comemorativo do centenário da família, onde constam informações valiosas, registros históricos, fotos de construções originais em Flumignano, como a igreja central com torre do relógio, e uma planta da Roma Antiga que marca a localização da Vila Flamin, próxima ao Coliseu — território onde, segundo relatos, teria se estabelecido o ancestral romano.

Flumignano, documentada pela primeira vez em 1311, carrega mais de 680 anos de história registrada. Esse nome, preservado ao longo dos séculos, é considerado o verdadeiro marco da ancestralidade da família Flumignan.

Para quem deseja seguir os passos da família Flumignan e descobrir suas próprias raízes, o caminho começa no Museu da Imigração, localizado no bairro do Brás, em São Paulo. O acervo reúne registros dos milhões de imigrantes que chegaram ao Brasil vindos de diversos países. A partir daí, é possível traçar uma linha até os consulados europeus e, posteriormente, às igrejas e arquivos locais nos países de origem — especialmente na Itália, onde grande parte da documentação permanece sob tutela religiosa.

A história da família Flumignan é exemplo de resiliência, memória e pertencimento. Uma jornada que ultrapassa continentes e séculos para manter viva a identidade de um povo e de suas famílias. Uma conquista que merece ser celebrada.

Por Marcos A. Vazniac,
jormalista do site Portal Nossa Lucélia,
publicado em fevereiro de 2008.





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